Vai voar? Conheça a história de Ellen Church e a importância dos comissários de bordo
Muito além do cafezinho, o comissário de bordo tem treinamentos específicos e fundamental importância para a segurança de todos.
Se durante um voo de curta ou longa duração você receber água, café e suco, além de uma refeição, ótimo sinal. Isso significa que tudo segue bem durante o percurso e você poderá degustar alguma coisa antes de chegar ao seu destino. Mas, seria essa a função primordial de um comissário de bordo?
Considerando que estão presentes nas empresas aéreas do mundo todo e são velhos conhecidos dos passageiros, vale a pena uma viagem pela história dessa profissão para que se conheça melhor a fundamental importância deles, em terra e no ar.
Por volta dos anos 1930 a aviação ainda estava voltada para profissionais exclusivamente do sexo masculino, como pilotos e ajudantes, até que uma mulher apaixonada pela arte de voar começou a abrir portas para profissionais do sexo feminino. Visionária, ela conseguiu mostrar que a aviação teria um futuro promissor e crescente, necessitando, portanto, de profissionais de ambos os gêneros. Um belo jeito de mostrar que o céu é para todos.
Ellen Church, uma enfermeira que entendia sua profissão cabível também dentro das aeronaves, sugeriu que profissionais da área deveriam estar a bordo para cuidar dos passageiros com suas necessidades, que poderiam ir desde um nervosismo pelo medo de voar, até indisposições estomacais e dores de cabeça, entre outras. Embora tivesse licença para pilotar aviões, Ellen não conseguia uma contratação nas aéreas para essa função. Mesmo assim, sabendo que na época as aeronaves voavam em baixas altitudes com mais solavancos e barulho, insistiu que uma mulher, enfermeira, seria de muita importância para um cuidado diferenciado aos passageiros e, também aos pilotos.
Steven Simpson era um executivo da Boeing Air Transport, mais tarde tornando-se United Airlines, e reconheceu que a jovem enfermeira tinha bastante razão em sua proposta. Após muita conversa a ideia não só foi aceita, mas ainda evoluiu para a contratação de mais sete profissionais que passaram a ser “aeromoças”, termo que seguiu por muito tempo até ser adequado para comissário (a) de bordo por volta dos anos 1970, período em que as aeronaves já contavam com profissionais homens e mulheres para a função.
Passadas todas essas décadas, com aeronaves mais avançadas e alcançando aeroportos em todo globo, a presença do comissário de bordo continua com sua importância não apenas para cuidados básicos no caso de alguma indisposição ou servir algum lanche ou refeição. É no quesito ”segurança” que o profissional é imprescindível dentro das aeronaves. Preparados para garantir a verificação de todos os itens e procedimentos, nenhuma aeronave decola sem a presença deles.
Passageiros recebem as orientações pontuais sobre como agir em caso de emergência, mas a garantia de sucesso com a segurança de todos em caso de fogo, pouso de emergência no mar ou na selva, turbulência severa ou despressurização, não teriam total eficácia sem a presença dos comissários, altamente qualificados para atendimento rápido, seguro e preciso diante de alguma adversidade.
Embora toda tecnologia ajude muito a garantir um voo seguro, inclusive podendo oferecer um serviço de bordo agradável durante o trajeto, o comissário de bordo é de fundamental importância para que tudo corra bem até o momento de desafivelar os cintos e desembarcar.
Segurança, conforto, organização e atendimento adequado às necessidades que envolvem uma aeronave, pilotos, tripulação e passageiros, sempre com o suporte daqueles que Ellen Church enxergou, lá atrás, como primordiais para que tudo corra bem.
Em sua próxima viagem, lembre-se que até aquele cafezinho está em boas mãos e lhe será oferecido por profissionais que de segurança, entendem muito.
Ótima Ellen Church!!!!!