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O Mito da Mulher Maravilha

E você, o quão perfeita é?

Vamos começar esta coluna arrebitando, mostrando que, SIM! Temos lugar de fala e que não vamos mais nos calar.


Eu sou Nataliah Gardeni, escritora, colunista, historiadora e pesquisadora. Criadora do Projeto Arrebita Mulher. Trarei a vocês temas como Feminismo e suas vertentes, relacionamentos abusivos, machismo estrutural e posicionamento do poder feminino na sociedade.


Já que é para arrebitar vamos começar por esta utopia criada de “perfeição feminina”.

A expectativa de sempre referente a cada uma de nós é que estejamos sempre a postos, prontas para o que der e vier. Há o grande mito da mulher maravilha, onde a mulher é forte e necessita aguentar tudo

.

Agora vamos ao cerne de toda esta questão:

Somos subjugadas, tidas como o segundo sexo, sempre a última a falar, somos educadas a dizer sim sempre, sem demostrar o nosso lado, e ser sempre empática, pois caso contrário somos as que "não servem", e isto generaliza de uma forma tão catastrófica que se somos das que não se interessam por ser uma dona de casa, não servimos para casar. Como se todo o objetivo de nossa existência girasse em prol disso.


E sabemos que uma coisa não exclui a outra. É impossível para a sociedade compreender que sim podemos não querer ser a que lave, passe, cozinhe e sim, criamos nossos objetivos e não queremos que este seja um ditado dado pela sociedade normativa.


As potencialidades de uma mulher vão além do que se possa compreender, não somos todas feitas em uma forma de bolo, até porque os bolos que são feitos na mesma forma sempre terão uma diferença do próximo que está por vir.


Compreendam que não viemos à terra para sermos o ser subserviente que está à espera do " sim, pode fazer", "sim, eu autorizo". Infelizmente é constantemente cobrado que representemos este papel imposto; onde a mulher é o ser que não só tem, mas sim é "obrigada" a configurar esta figura de mulher maravilha em si.


Nós mulheres trabalhamos, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana devido à dupla jornada que inclui tarefas domésticas e trabalho remunerado. Em 2015 a jornada total média das mulheres era de 53,6 horas e a dos homens, de 46,1 horas. Com dados de 2017.


E a tendência é esse número continuar subindo, enquanto não houver o entendimento de que as tarefas domésticas não são uma opção de ajuda, mas sim o mínimo que se espera de quem vive junto.


Compreendam que tudo isso, de que este formato de história foi criado na expectativa de que fosse atendido sem ter nenhum barulho de nossa parte. Mas somos luta!


Seja forte, mas não se cobre ser uma mulher maravilha!


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