Caça Gripen não é teu brinquedinho, Bolsonaro!
Revelações de Raul Jungmann mostram quem precisa ser ejetado do poder.
A crise estabelecida no país entre Bolsonaro e os poderes deveria chamar a atenção não apenas pelo lado de intrigas e atrasos. Fechado com atitudes grotescas e rudes, iniciou sua briga com as urnas ao melhor e mais copiado modelo Trump de atacar. Estratégia bastante necessária a nosso presidente, talvez um dos únicos caminhos. Brigar com alguém poderia levá-lo a um enfrentamento pessoal com discussões que certamente o levariam a nocaute, diante de sua incapacidade de apresentar qualquer proposta justa e honesta. Então segue atacando o inimigo oculto, como as urnas que, por sinal, são muito mais transparentes e funcionais do que ele mesmo.
A todo instante assistimos às pitadas de pólvora que são despejadas nos lugares institucionais que a democracia preza e assusta bastante o lado amortecido de boa parte da população que não consegue olhar para o estrago que se instalou. E não foi por descuido. Foi por intenção de voto, foi por revolta sem causa, por indignação com a justiça social e não pela falta dela.
As declarações do ex-ministro da Defesa, Raul Jungmann, sobre a intenção de Bolsonaro estourar os vidros do STF com o caça Gripen deixaram bastante claro o baixo nível de inteligência emocional que temos no comando do país. Uma intenção que, caso se concretizasse, deixaria o país não só atônito e cercado de mais gastos, mas com a certeza de que a loucura usa a faixa presidencial. E usa mesmo.
Diante da falta de perspectiva na redução dos preços alimentares, do combustível e do fornecimento de energia e água, uma crescente pobreza atinge o país sem que haja a menor intenção do governo federal na contenção dessa realidade veloz e sem freio. Impossível que isso chame a atenção apenas da camada mais atenta da população e dos países que seguem distantes de nós, impossibilitados de negócios numa economia pueril e com um comandante instável, cercado de pessoas incompetentes e alheias a qualquer realidade urgente. A população precisa ser alertada sobre o derrame de mentira sórdida, gentilmente chamada de Fake News e muito orientada a conhecer o tamanho da surra que o país vem sofrendo, com a realidade explícita em todos os cantos. A responsabilidade do voto precisa ser muito bem estudada.
Brincar com tanques de guerra e aviões não pode ser mais tolerado. Não pagamos impostos altíssimos para que façam farras com o dinheiro público, diante de tanta necessidade de ajuda aos famintos, de saneamento básico, saúde, educação.
Não precisamos de um presidente intolerante cercado de gente sórdida. Precisamos de mais conhecimento histórico que ajude esse país a eleger um político de grandeza e competência, de justiça social e de elevação do país a seu merecido lugar no mundo.
Se Bolsonaro não sair antes das próximas eleições, o caminho até lá será ainda mais sinuoso, obscuro e árduo. Mas o Brasil vencerá sim esse grande erro que não deve se repetir, jamais.
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